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TRANSFERÊNCIA: O MOTOR DA CURA

Atualizado: há 3 dias

O que é o sujeito suposto saber? 


Como colocado pelo Lacan, é onde se origina a transferência. E ao final de uma análise, espera-se que esse vínculo seja destituído. Mas para que essa dissolução aconteça, é preciso que se tenha criado - muito antes - um ambiente de confiabilidade. O analista é um receptáculo daquilo que importa, da libido que se apresenta e investe no analista como objeto opaco, como objeto sombra, como objeto delineado, como objeto fake, como objeto de transição e de transferência, portanto.


Tranferência

No início de suas investigações, Freud percebe que ao invés do paciente associar livremente, ele pergunta para o analista sobre quem ele é ou o que pensa. Mas à medida em que o processo continua cria-se uma zona franca de transição em que o analisando, a partir do investimento que realiza, começa a (no melhor dos casos) mudar algumas posições. É como se houvesse um processo de revelações de si para si próprio. E o analista até some. Pode-se até dizer que, em última instância, o analisando é o responsável por fazer as coisas. Mas isso só é possível porque a transferência é o motor da cura psicanalítica. É ela que permite a transformação da dor em potência.


Nos poucos textos que compõem o que Freud chamou de Técnicas Psicanalíticas, há o importantíssimo “A dinâmica da transferência” (1912). Lá, ele expõe a ideia da transferência como o playground onde acontece a análise. É o lugar de atualização das imagos do paciente que se repetem na relação com o analista. Isso significa que há na relação transferencial há reedição de afetos infantis e, portanto, uma repetição. No entanto, essa repetição está na ordem daquilo que não pode ser rememorado e, por isso, é atuado no setting analítico. Outro ponto fundamental do texto citado é a colocação de que o analista não deve perder as rédeas da transferência, no sentido de não deixar que o analisando fale qualquer coisa. Manejar a direção de um tratamento é sobre conduzir a sequência das sessões pontuando, seccionando ou cortando, isto é, dando forma (e condição) para que a análise siga. No limite, é possível dizer que um dos aspectos mais fundamentais é que a pessoa em análise não seja muito perturbada no seu processo de criação.


Este tema é o coração da clínica psicanalítica e, mesmo para aqueles que já possuem experiência, é fundamental revisitar a teoria para revitalizar aspectos da técnica. Em nosso acervo, você encontrará diversas aulas que exploram especificamente esse assunto, tanto de forma direta quanto indireta, além de um extenso material didático e bibliográfico.


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