O ser humano é um ser acossado pela ameaça de desintegração, de morte. O aparelho psíquico é elástico, agonístico, ou seja, está o tempo todo se mexendo. Mas ele tem uma tendência a diminuir ao máximo a sua tensão, em busca do que Freud denominou como princípio de constância. Uma pessoa tem um certo equilíbrio emocional quando seu aparelho psíquico logra êxito em diminuir as suas perturbações. Nesse sentido, todos nós vivemos numa situação limite, mas o Borderline vive uma acentuação dessa situação limite em função de sua permanente instabilidade emocional. Ninguém consegue atingir o princípio de constância, pois a vida é inconstante, entretanto, o Borderline é alguém que vive constantemente o desconforto da ameaça de desintegração, é alguém que não tem garantida condições psíquicas mínimas de sobrevivência. O Borderline é alguém que foi submetido, muito cedo, à linguagem da violência e somente através dela conseguirá introjetar limites. Por isso o Borderline vive a castração como um horror.
Nós, enquanto seres humanos, temos a tarefa de representar o mundo para que possamos operacionalizá-lo. O Borderline não tem a capacidade de simbolizar, por isso vivencia, de maneira indistinta, o que é interno e o que é externo. Por isso, no caso das pessoas com formações psíquicas ditas Borderline, o princípio de constância é muito mais complicado e elas tem muita dificuldade de encontrar sossego. Isso está relacionado ao que, na Teoria Psicanalítica, é designado como introjeção de objeto. Nos casos Borderline, os objetos são introjetados como uma ameaça que desorganiza a pessoa psiquicamente e a consome. O Borderline vive relações de objetalização que ignoram a castração, pois, na ausência do outro, não suporta nenhum tipo de vazio ou de esvaziamento. Para isso o Borderline cria defesas psíquicas, muito insatisfatórias, que o levam a agir espasmodicamente, sem qualquer tipo de reflexão ou elaboração. De maneira geral, pessoas Borderline manipulam seu objeto de desejo, extraem dele energia, e quando dele se saciam o abandonam por não suportarem um objeto por muito tempo. Ou seja, a relação de objeto do Borderline é insuportável e instável, pois ele vive entre dois extremos: ou está sendo engolido ou quer engolir. Por isso são pessoas que tem muita dificuldade de se relacionar com outras, pois não suportam a frustração da separação.
Nós, enquanto seres humanos, temos a tarefa de representar o mundo para que possamos operacionalizá-lo. O Borderline não tem a capacidade de simbolizar, por isso vivencia, de maneira indistinta, o que é interno e o que é externo. Por isso, no caso das pessoas com formações psíquicas ditas Borderline, o princípio de constância é muito mais complicado e elas tem muita dificuldade de encontrar sossego. Isso está relacionado ao que, na Teoria Psicanalítica, é designado como introjeção de objeto. Nos casos Borderline, os objetos são introjetados como uma ameaça que desorganiza a pessoa psiquicamente e a consome. O Borderline vive relações de objetalização que ignoram a castração, pois, na ausência do outro, não suporta nenhum tipo de vazio ou de esvaziamento. Para isso o Borderline cria defesas psíquicas, muito insatisfatórias, que o levam a agir espasmodicamente, sem qualquer tipo de reflexão ou elaboração. De maneira geral, pessoas Borderline manipulam seu objeto de desejo, extraem dele energia, e quando dele se saciam o abandonam por não suportarem um objeto por muito tempo. Ou seja, a relação de objeto do Borderline é insuportável e instável, pois ele vive entre dois extremos: ou está sendo engolido ou quer engolir. Por isso são pessoas que tem muita dificuldade de se relacionar com outras, pois não suportam a frustração da separação.
Borderline não é uma estrutura psíquica. Trata-se de um espectro amplo. O que caracteriza as dimensões Borderline é o desequilíbrio, o destempero em níveis de insuportabilidade. A dificuldade do Borderline é organizar seu espaço interno em relação ao espaço externo, é articular sua existência em diferentes dimensões da vida. Nesse sentido, é importante destacar que qualquer um pode passar por fases, estados transitórios, em que as dimensões Borderline estejam mais acentuadas.
Conheça o cronograma do curso Personalidades Borderline
Prof Carlos, apesar dos esclarecimentos pelo blog e de ter assistido 2 vezes o curso de Pdd borderline continuo com dificuldades para diferenciar essa estrutura da bipolar! Não creio q isso afete ou influencie o processo de análise do paciente. Analiso o indivíduo sem a preocupação do diagnóstico principalmente quando as características se confundem (pelo menos à mim) !
Mas como sempre suas publicações são enriquecedoras!